Seguindo a estratégia adotada por juntas militares em países vizinhos, como Mali e Burkina Faso, os líderes do golpe demonstram um afastamento em relação à antiga potência colonial, a França. Essa postura reflete um crescente sentimento anti-francês, que tem se espalhado pela região.
Segundo as autoridades francesas, os oficiais que assumiram o poder no Níger não possuem autoridade para tomar tal decisão. No entanto, a junta insiste em expulsar o embaixador e sua família, cancelando seus vistos e ordenando à polícia que os retirem do país. A declaração oficial que determina essa ação foi datada de 29 de agosto e confirmada pelo chefe de comunicações da junta nesta quinta-feira.
Essa expulsão marca mais um declínio nas já tensas relações entre o Níger e a França. Nos últimos anos, os dois países têm enfrentado vários conflitos, principalmente em relação ao combate aos grupos terroristas que atuam na região. Questiona-se agora qual será o impacto dessa nova disputa diplomática nas ações de cooperação e segurança entre as nações.
Além disso, essa postura adotada pela junta nigeriana de distanciamento da França pode ter implicações econômicas. A antiga potência colonial tem uma forte presença econômica no Níger, principalmente no setor de mineração. Resta saber como esse afastamento político afetará os negócios e investimentos franceses no país.
Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha atentamente o desenrolar dessa situação, esperando por uma resolução pacífica e uma possível retomada do diálogo entre as duas nações. Enquanto isso, os nigerianos seguem vivendo em um período de incertezas e instabilidade política, aguardando por uma definição sobre o futuro do país.