A defesa da ex-deputada argumentou que houve excesso de prazo para a tramitação do caso e que a prisão preventiva não passou por revisão periódica. No entanto, o relator do caso, o desembargador Peterson Barroso Simião, refutou esse argumento, ressaltando que qualquer demora ocorreu devido à complexidade do caso e à grande quantidade de réus, além dos incidentes processuais causados pela defesa de um dos corréus. O desembargador destacou ainda que a revisão da prisão preventiva foi realizada antes da sessão plenária e que a responsabilidade de realizar a revisão agora recai sobre a Vara de Execuções Penais.
De acordo com a Justiça fluminense, a manutenção da prisão é justificada, principalmente após a condenação ocorrida em novembro de 2021. O desembargador afirmou que a decisão que manteve os condenados presos foi devidamente fundamentada com base na periculosidade da ré e na necessidade de garantir a ordem pública.
Em junho deste ano, Flordelis solicitou à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado autorização para celebrar o casamento na prisão com o produtor artístico Allan Soares, com quem namora desde antes de sua prisão.
Para relembrar o caso, em 16 de junho de 2019, o pastor Anderson do Carmo, marido de Flordelis, foi assassinado a tiros na porta da casa do casal, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Os assassinos fugiram, mas dois dias depois um dos filhos adotivos de Flordelis confessou o crime e foi preso.
A Polícia Civil acusou a ex-deputada de ser a mandante do crime, acusação que ela nega. O Ministério Público denunciou Flordelis e outras seis pessoas por envolvimento na morte do pastor. Eleita deputada federal em 2018, ela foi cassada em agosto de 2021 e presa preventivamente dois dias depois.
Desde agosto de 2021, Flordelis está detida no presídio feminino Talavera Bruce, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. Em novembro passado, ao final de um julgamento de sete dias, a ex-deputada foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão.
