Agressores impunes: China, Irã e Coreia do Norte alertam sobre suas linhas vermelhas e EUA ignoram

Agressores impunes

Dando o próprio sangue para sustentar uma guerra desigual, considerada a mais letal da história…

São 13 milhões de palestinos no mundo. A causa deles é o Estado Palestino e algum dia ela será vitoriosa. Pode demorar um pouco mais, um pouco menos, mas ela será vitoriosa. Agora estamos em um embate decisivo. Por quê? Ora, Israel não pode continuar impune. E os países árabes vão ter de tomar uma posição. As coisas não podem seguir dessa forma.

Acho inclusive que – do ponto de vista diplomático – a liga árabe deveria dar um ultimato para parar com os bombardeios. Eles continuam tentando expulsar a população palestina de Gaza. Trata-se da maior catástrofe desde o holocausto.

Mas historicamente os árabes estão cada vez mais longe da unidade…

Eis a grande questão. Mas a atitude correta é essa. Seria o recado suficiente para EUA e Israel sentirem alguma reação. Como os ‘aliados’ agiriam diante disso? Agora, enquanto permanecem impunes, eles podem fazer o que bem entender. Como jogar bombas em populações civis, atingir crianças palestinas, idosos.

Os argumentos sempre estão prontos: “mas os túneis passam por baixo da terra, onde terroristas se escondem; fazem escudos humanos. Enquanto as coisas estiverem assim, nós não temos culpa. Então, como temos que matar o Hamas, temos de matar toda a população palestina.

Afinal eles estão misturados”. Puro cinismo e desumanidade. Chegamos ao fundo do poço e o Ocidente está completamente desmoralizado. Joe Biden mais ainda. Ele é um presidente totalmente desmoralizado no mundo e dentro do próprio país. Cada vez pior. É muito sério o que está acontecendo. É um caso de desgoverno, creio. Eles só querem saber de financiar guerras…

China, Irã e Coreia do Norte alertam sobre suas linhas vermelhas – e EUA ignoram

Paz não interessa

Tem sua lógica: nada como o caos para receber um presidente com os predicados de Donald Trump…

Realmente, o cenário não poderia ser pior. Mas terminarei com uma informação que poucos têm. Para piorar as coisas, o Pentágono assume publicamente – mandou esse recado para o povo estadunidense – que tudo está indo bem nas guerras, e que eles têm condições de sustentar as três frentes de guerra: China-Taiwan, Oriente Médio-Israel e Ucrânia. Isso, desde que taiwaneses, israelenses e ucranianos morram por eles, ianques…

Assim, eles, os maiores fabricantes de armas do globo, têm condição de enfrentar uma guerra em três frentes. Ou seja, eles fornecem armamento, material, logística, desde que os mortos os outros. Veja bem, se o Pentágono pensa isso, imagine o que se passa na cabeça de quem ouve tal notícia? Não precisa falar mais nada.

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Mas como isso se tornou público? Noticiário? Vazamento?

São públicas. Foi um general estadunidense que assumiu isso. É possível acessar no setor de defesa dos EUA: U.S Department of Defense, DOD. É mais uma evidência de que eles não estão interessados em paz. A coisa ainda se complica mais quando observamos que 4% do PIB mundial está indo para a guerra, armas, exército. Aqui a gente fica indignado quando sabemos que os militares recebem tanto dinheiro – em um orçamento tão pequeno. É preciso entender que o mundo está cada vez mais perto da guerra total.

Nesse contexto, gastar mais em armas do que na educação, como consta do orçamento do Brasil para 2024, se justificaria?

Na atual circunstância, sim. Porém, antes de mais nada é necessário mudar a maneira como administramos as Forças Armadas, mas isso fica para outra hora. Vivemos tempos de guerra. A propósito, você sabe que em 1936 o coronel Nery da Fonseca, gaúcho, escreveu um texto no qual dizia: “Não há no mundo nenhum país mais cobiçado e desarmado do que o Brasil”!? Isso ainda é válido para mim.


Referência

* “A Religião do Capital” – Paul Lafargue (genro de Karl Marx), 27/5/1891). Livraria Sebo Perdizes: 11 9 4963 1897.


Amaro Augusto Dornelles | Jornalista e colaborador na Diálogos do Sul.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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