Crise entre Israel e Irã preocupa autoridades mundiais
Autoridades israelenses revelaram que o gabinete de guerra do país se reuniu e discutiu a possibilidade de retaliação em meio ao aumento das tensões na região. No entanto, o grupo estava dividido em relação ao momento e à magnitude dessa possível resposta.
Com o risco iminente de uma guerra aberta entre Israel e Irã, juntamente com a tensão em relação aos conflitos em Gaza, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que os EUA não participariam de qualquer contraofensiva israelense contra o Irã, segundo autoridades americanas.
Além disso, Reino Unido, França, Alemanha e o chefe de política externa da União Europeia se uniram a Washington e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, para pedir moderação diante da situação delicada.
“Estamos à beira do abismo e precisamos recuar”, afirmou Josep Borrell, alto representante da UE para Assuntos Externos e Política de Segurança, em uma entrevista à rádio espanhola Onda Cero. “É necessário frear e reverter o curso dos acontecimentos.”
O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo a Israel para que busque isolar o Irã ao invés de agravar a situação. Enquanto o chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou o Irã sobre a realização de novos ataques e destacou a importância de Israel contribuir para a redução da violência.
Por sua vez, a Rússia, aliada do Irã, se absteve de criticar publicamente o país sobre os recentes ataques, mas manifestou preocupação com o risco de escalada na região e também pediu por moderação.