Projeto de esteiras rolantes subterrâneas no centro de São Paulo
A proposta de um estudo elaborado pelo arquiteto Benno Peralmutter para aproveitar túneis construídos originalmente sob três viadutos para a passagem do Metrô e transformá-los em grandes espaços de lazer e serviços ganhou destaque nos jornais na última semana.
O Jornal da Tarde teve acesso exclusivo ao projeto entregue pela Emurb à Prefeitura, que detalhou todos os planos de transformação dos túneis em uma Via Mecanizada para Pedestres. O arquiteto via no projeto das esteiras não apenas um meio de transporte, mas uma maneira de integrar o pedestre à cidade, proporcionando um ambiente agradável e repleto de opções de entretenimento.
O sistema de galerias subterrâneas, oficialmente chamado de Via Mecanizada para Pedestres, tinha a intenção de estar implantado até 1978, oferecendo uma forma inovadora de transitar pelo centro da cidade de São Paulo. Infelizmente, o projeto não foi realizado na época, mas sua proposta continua despertando o interesse e a curiosidade de muitos.
O plano envolvia a instalação de esteiras rolantes nos túneis sob os viadutos 9 de julho, Dona Paulina e Jacareí, criando uma ligação eficiente entre as praças Dom José Gaspar e João Mendes. Além disso, o projeto contemplava a inserção de bares, lojas e painéis de notícias ao longo do percurso, proporcionando uma experiência única aos pedestres.
Com a possibilidade de transportar 10 mil pessoas por hora a 16 quilômetros por hora, as esteiras rolantes se tornariam um novo meio de circulação na região central de São Paulo, oferecendo uma alternativa mais rápida e confortável para os pedestres se deslocarem entre os dois pontos.
O estudo de viabilidade técnica mostrou que as obras necessárias para a construção da galeria não enfrentariam grandes dificuldades, o que aumentou as expectativas de que o projeto pudesse sair do papel em um futuro próximo.
Com custos estimados em torno de Cr$ 50 mil o metro linear e Cr$ 50 milhões para a obra completa, o plano de transformar os túneis em espaços de convivência e mobilidade poderia trazer benefícios significativos para a cidade e seus moradores.
Apesar de não ter sido implementado na década de 1970, o projeto das esteiras rolantes subterrâneas no centro de São Paulo continua despertando o interesse de especialistas e urbanistas, que veem nele uma oportunidade de transformar a forma como as pessoas se deslocam e interagem com o ambiente urbano.