A Islândia é um dos poucos países do mundo onde a caça de baleias é permitida, juntamente com o Japão e a Noruega. No entanto, o governo da Finlândia havia suspendido a prática em junho, durante dois meses, mas no fim de agosto voltou atrás e autorizou novamente a caça a partir de 1º de setembro.
A decisão do Executivo islandês de suspender a caça foi tomada após a publicação de um relatório encomendado pelas mesmas autoridades, que concluiu que a atividade não estava em conformidade com a lei nacional de bem-estar animal. O relatório, elaborado por veterinários, destacou que a morte dos cetáceos é lenta demais e chegou a mostrar vídeos da agonia de uma baleia caçada no ano passado, que durou cinco horas.
No entanto, para justificar a nova autorização, o Ministério da Agricultura e Pesca argumentou que existem bases para “mudar os métodos de caça, que propiciem menos irregularidades e, portanto, uma melhora do ponto de vista do bem-estar animal”.
As cotas anuais permitem a caça de 209 baleias-comuns e 217 baleias-de-minke, mas nos últimos anos as capturas têm sido muito inferiores, devido à menor demanda por carne de baleia.
A decisão de retomar a caça às baleias na Islândia tem gerado muita controvérsia e críticas por parte de grupos de defesa dos direitos dos animais. A comunidade internacional também tem se manifestado contra essa prática, considerando-a cruel e desnecessária.
A caça de baleias é uma questão sensível e controversa, que continua a dividir opiniões pelo mundo. Enquanto alguns defendem a tradição cultural e econômica da caça, outros argumentam que a atividade é inaceitável do ponto de vista ético e prejudicial para a conservação dessas espécies ameaçadas.
É importante salientar que a divulgação de informações sobre a caça de baleias visa trazer à tona uma discussão e estimular a reflexão sobre os impactos dessa prática tanto para o bem-estar animal quanto para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos.