A notícia do plágio causou indignação e revolta nas redes sociais e na comunidade artística, evidenciando mais uma vez a urgência de debater e combater o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. O projeto “AmaElo”, idealizado pelo rapper Emicida, é reconhecido por sua proposta de enaltecer a cultura e a história negra, promovendo a conscientização sobre a importância da igualdade racial.
No entanto, a peça publicitária da Bauducco utilizou claramente elementos do projeto de Emicida sem dar os devidos créditos e sem respeitar a essência e a mensagem original. O uso da música interpretada por Juliette e Duda Beat, sem autorização ou reconhecimento adequado, demonstra uma apropriação cultural prejudicial e desrespeitosa.
A reação do público foi imediata e contundente. Nas redes sociais, diversos usuários se manifestaram repudiando o plágio e exigindo que a Bauducco se retratasse e tomasse medidas cabíveis para reparar o dano causado. A hashtag #BauduccoRespeiteEmicida se tornou um dos assuntos mais comentados do momento e os internautas compartilharam mensagens de apoio ao rapper e de repúdio à postura da marca.
Diante da pressão e da repercussão negativa, a Bauducco emitiu uma nota se desculpando pelo ocorrido e afirmando que o plágio foi um erro de comunicação interna entre as agências envolvidas na produção da campanha. A empresa se comprometeu a respeitar os direitos autorais e a buscar um diálogo com os responsáveis pelo projeto “AmaElo” para resolver a questão de forma justa e transparente.
O caso evidencia a necessidade de uma maior conscientização e sensibilização por parte das marcas em relação à importância da representatividade e do respeito à diversidade cultural. A apropriação indevida de elementos culturais, especialmente quando se trata de questões raciais, perpetua estereótipos e contribui para a manutenção do racismo estrutural.
Como sociedade, é fundamental reconhecer os privilégios e lutar por uma igualdade real e efetiva. A música, a arte e a cultura são ferramentas poderosas de transformação social e devem ser valorizadas e respeitadas em sua essência. Através do diálogo, da educação e da conscientização, podemos combater o racismo e construir um país mais justo e igualitário para todos.