CDHU entrega apartamentos para vítimas de temporal em São Sebastião após atraso de mais de um ano

No próximo dia 19 de fevereiro, completará um ano do trágico temporal que assolou o litoral norte de São Paulo, causando a morte de 65 pessoas em São Sebastião e Ubatuba. Essa catástrofe deixou centenas de desabrigados e ainda existem famílias que continuam vivendo em áreas de risco.

Em resposta a essa crise, o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) se comprometeu a construir apartamentos para as vítimas em seis meses. No entanto, somente no último sábado (3) é que o primeiro conjunto com 186 unidades foi entregue pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) na cidade de Maresias.

Cada apartamento possui 44 metros quadrados, com sala, cozinha, um banheiro e dois quartos. As famílias começarão a se mudar a partir desta segunda-feira (5).

Além disso, outras 518 unidades estão em construção no bairro Baleia Verde, também em São Sebastião, e serão disponibilizadas aos moradores no dia 19.

No entanto, a gestão de Tarcísio já havia estimado anteriormente que as habitações estariam prontas em agosto do ano passado, mas devido a dificuldades no terreno, o projeto atrasou.

O governador Tarcísio de Freitas tem enfrentando críticas por parte dos moradores da Vila Sahy, área que concentrou a maioria das mortes. Um estudo financiado pela ONG Gerando Falcões concluiu a necessidade de desocupar 70% das casas da região, mas essa medida foi contestada pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública do Estado.

Durante a cerimônia de entrega dos apartamentos, o governador admitiu os erros nas estimativas de prazos, devido às dificuldades enfrentadas na preparação dos terrenos.

Após se reunir com representantes dos moradores, Tarcísio decidiu retirar uma ação judicial pela qual pedia a remoção urgente das famílias e agora pretende tentar um acordo para resolver a situação.

O evento de entrega dos apartamentos contou com a presença do prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), e de autoridades locais e estaduais, além das famílias beneficiadas.

Para as famílias cadastradas na CDHU que perderam suas moradias no temporal, foi concedida a permissão sem custo das unidades em Maresias, desde que cumpram algumas normas, como residir no local por pelo menos 18 meses, de acordo com a Companhia.

Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, essas famílias agora têm a esperança de recomeçar suas vidas, longe das áreas de risco, e dar um novo rumo para o futuro. Esperamos que o governo continue cumprindo com suas promessas para ajudar a reconstruir a vida dessas pessoas que foram tão duramente afetadas por essa tragédia.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo