Às 9h09, a venda à vista do dólar estava cotada a R$ 4,9558. Na segunda-feira (4), tanto a Bolsa brasileira como o dólar apresentaram uma leve queda, encerrando o dia aos 117.776 pontos e R$ 4,934, respectivamente, com uma variação negativa de 0,09%.
O economista Alexsandro Nishimura, da Nomos, comenta que o Ibovespa tentou ganhar tração e seguir a alta da Vale, mas a falta de referência das bolsas de Nova York, fechadas devido ao feriado, trouxe menor liquidez e, aos poucos, o índice perdeu força.
As principais quedas do Ibovespa na segunda-feira foram registradas pela Petrobras, com uma baixa de 0,88% nas ações preferenciais e 1,28% nas ordinárias, devido ao fraco desempenho do petróleo no exterior, e pelo Itaú, com uma queda de 0,50%.
O planejador financeiro Apolo Duarte, sócio e chefe da mesa de renda variável da AVG Capital, destaca que, além da baixa liquidez, um movimento de correção também afeta o Ibovespa, que teve uma alta expressiva na última sexta-feira.
Ele também menciona que as curvas de juros futuros estão em alta, exercendo pressão adicional sobre os negócios. Os contratos com vencimento em janeiro de 2025 subiram de 10,58% para 10,62%, enquanto os contratos para 2027 foram de 10,36% para 10,40%.
Segundo Duarte, isso reflete principalmente em ações sensíveis às taxas de juros, como as do setor de construção civil, que estão em baixa, assim como as empresas de educação e varejo.
As cinco maiores quedas do dia foram registradas por Yduqs (2,55%), Magazine Luiza (2,44%), Eztec (2,17%), Renner (2,14%) e Cogna (1,99%). Por outro lado, Vale e B3 tiveram alta de 0,66% e 0,61%, respectivamente, atenuando as perdas do Ibovespa e figurando entre as ações mais negociadas da sessão.
No câmbio, o dólar foi afetado pela agenda econômica vazia tanto no Brasil quanto no exterior. Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury, ressalta que nesta curta semana os mercados de câmbio podem ser relativamente calmos, se preparando para os eventos esperados no final de setembro, como as reuniões dos principais bancos centrais. Ele também destaca que os dados macroeconômicos desta semana não devem ter efeitos dramáticos sobre as moedas.
No cenário global, os mercados continuam repercutindo os dados dos Estados Unidos divulgados na sexta-feira, que mostraram um aumento na taxa de desemprego para 3,8% e uma moderação no crescimento dos salários. Isso indica um arrefecimento das condições do mercado de trabalho norte-americano, embora haja uma leve aceleração na criação de vagas de emprego.
Diante desse cenário, o dólar registrou uma queda, após ter acumulado alta de 1,32% na semana passada.