Ex-assessor internacional da Presidência previu possível prisão em discurso conservador em 2019 e foi preso pela PF nesta quinta-feira.



Ex-assessor internacional da Presidência é preso pela Polícia Federal

Na última quinta-feira (8), o ex-assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, foi preso pela Polícia Federal. O ocorrido está relacionado a um discurso proferido por Martins em um evento conservador em 2019, onde ele afirmou que era preciso “ganhar a batalha” entre as Forças Armadas. Além disso, o ex-assessor também previu que poderia ser preso, caso o então presidente Jair Bolsonaro deixasse o poder.

No evento, denominado Cpac e realizado em São Paulo, Martins dirigiu-se a uma plateia de cerca de 2.000 pessoas. Ele expressou preocupação com a possível saída de Bolsonaro do poder, alertando sobre o que poderia acontecer com cada um dos presentes caso o presidente fosse tirado do cargo. Essas declarações geraram repercussão e foram um dos motivos que levaram à sua prisão.

Conhecido por ser um dos ideólogos de valores conservadores do governo Bolsonaro, Martins costumava evitar aparições públicas e preferia o trabalho nos bastidores. No entanto, em outubro de 2019, ele fez uma rara exceção ao participar do evento organizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Durante sua fala, que teve duração de aproximadamente 23 minutos, Martins se assumiu como um discípulo orgulhoso do filósofo Olavo de Carvalho, e destacou seu fácil acesso ao então presidente. Ele enfatizou a determinação de Bolsonaro em trabalhar pelo país e pediu a mobilização da direita na defesa de valores conservadores e do governo.

A prisão de Filipe Martins foi resultado de investigações relacionadas ao discurso proferido por ele em 2019. As autoridades estão avaliando as declarações feitas pelo ex-assessor e investigando possíveis crimes que tenham sido incitados por suas palavras no evento conservador.

Com isso, o caso continua a repercutir na esfera política brasileira, gerando debates sobre liberdade de expressão, responsabilidade sobre discursos públicos e os limites da atuação de assessores políticos no governo.

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