Ex-companheiras reconhecem Antônio Fellipe Rodrigues Salmento de Sá como agressor
Ao todo, três ex-companheiras procuraram a vítima reconhecendo Antônio Fellipe Rodrigues Salmento de Sá como o agressor. De acordo com a advogada Juliana Serretti, que assessora a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação da Assembleia Legislativa de Pernambuco, todas as informações fornecidas pelas ex-companheiras eram coerentes entre si, o que levou as autoridades a serem acionadas.
Uma das ex-mulheres teria feito um boletim de ocorrência, conforme relatado por Serretti. “Uma delas acionou a polícia porque ele tentou atirar nela. Ele tem histórico de violência contra mulher”, afirmou a advogada, destacando a gravidade da situação.
Além disso, a advogada está buscando que o caso seja tratado como transfobia, pois, apesar da vítima ser cisgênero, a motivação da agressão foi o fato de Salmento de Sá acreditar que uma mulher trans estava utilizando o banheiro feminino.
Juliana Serretti ressaltou que a transfobia é considerada um crime imprescritível e inafiançável, e destacou que somando as penas de transfobia e lesão corporal, o agressor pode perder o direito de trocar a prisão por pena alternativa.
Ontem, a defensora formalizou o pedido ao delegado Diogo Bem, que se comprometeu a considerar todos os elementos que envolveram a violência e explorar todos os caminhos possíveis. “Ainda que ela seja uma mulher cis, ele praticou um ato de discriminação”, afirmou Serretti.
Até o momento, Salmento de Sá não respondeu aos contatos feitos por WhatsApp. A situação está sendo acompanhada pelas autoridades competentes e pelas equipes jurídicas envolvidas.