Afif ressaltou que não se pode “inchar a máquina”, ou seja, não é necessário ter uma equipe numerosa para a eficiência do trabalho. Ele mesmo tinha apenas 50 pessoas trabalhando com ele quando ocupava o cargo de ministro. Atualmente, Afif é secretário estadual de Projetos Estratégicos do governo de São Paulo.
O ex-ministro foi o responsável por ocupar o cargo entre 2013 e 2015, durante o governo de Dilma Rousseff. No entanto, a pasta foi extinta na época e só agora foi recriada. Afif ressaltou que, mesmo tendo sido o primeiro ministro da micro e pequena empresa, sempre sentiu tristeza por ser o único nessa posição. Ele afirmou que a política da microempresa sempre foi relegada ao segundo plano, dentro do Ministério do Desenvolvimento, que é influenciado pelos grandes lobby industrial.
Uma das recomendações do ex-ministro é a necessidade de haver um entrosamento entre o Ministério e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), afinal, é o Sebrae que executa as políticas voltadas para o setor. Afif colocou-se à disposição de França para conversar sobre o tema, caso seja procurado.
Outro ponto abordado por Afif é a ideia de colocar temas como empreendedorismo e economia criativa no novo ministério. Para ele, isso é desnecessário, pois a pequena empresa já é o local do empreendedorismo e da economia criativa. Ele afirmou que os demais temas são redundâncias pomposas.
Diante dessas recomendações, espera-se que o novo ministro, Márcio França, leve em consideração a experiência de Afif Domingos e trabalhe para uma estrutura enxuta e eficiente. A valorização da micro e pequena empresa é fundamental para o desenvolvimento econômico do país.
