Ex-prefeita Marta Suplicy elogia iniciativa de Ricardo Nunes e se filiará ao PT para ser vice de Guilherme Boulos.




Artigo sobre Marta Suplicy e Ricardo Nunes

A ex-prefeita Marta Suplicy: entre elogios e polêmicas

A ex-prefeita Marta Suplicy está no centro de uma polêmica política ao anunciar sua filiação ao PT na próxima semana para ser vice de Guilherme Boulos (PSOL). O anúncio veio após uma série de desentendimentos com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), de quem ela era secretária municipal até o último dia 9, quando deixou a gestão emedebista para apoiar o rival.

A polêmica se intensificou quando Marta Suplicy elogiou no Instagram uma iniciativa do prefeito Ricardo Nunes. Em um post da primeira-dama Regina Carnovale Nunes a respeito do transporte hidroviário na represa Billings, que Nunes pretende inaugurar, Marta comentou: “Parabéns. Vai impactar para melhor a vida de muitas pessoas”.

Segundo a prefeitura, o transporte hidroviário planejado vai atender 385 mil pessoas na zona sul, fazendo a integração entre o bairro Cantinho do Céu, no Grajaú, e Pedreira.

Marta Suplicy era secretária de Relações Internacionais e entusiasta da reeleição de Nunes até o ano passado. No entanto, a partir de novembro, ganhou força uma articulação do PT, encabeçada pelo presidente Lula, para que ela voltasse ao partido e integrasse a chapa de Boulos. O anúncio surpreendeu o cenário político e causou uma série de reações de diferentes atores políticos.

Em entrevista ao UOL, o prefeito Ricardo Nunes disse ter ficado chateado com a saída de Marta e que sua mulher até chorou. No entorno de Nunes, a atitude de Marta foi considerada uma traição, enquanto que segundo interlocutores da ex-prefeita, um vídeo divulgado no fim de dezembro, em que Nunes diz querer o apoio de Jair Bolsonaro, foi o estopim para a decisão de Marta.

Marta, que já foi um dos principais nomes do PT, foi eleita para a prefeitura em 2000. No entanto, ela havia rompido com o partido em 2015. Reaproximou-se de Lula e do partido a partir de 2019 e, na campanha de 2022, chegou a ser cogitada para a vice na chapa presidencial do petista, antes da bem-sucedida articulação com Alckmin. No segundo turno, atuou para consumação do apoio de Simone Tebet a Lula.


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