Ex-presidente peruano Alberto Fujimori é libertado após perdão judicial, desafiando decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Na quarta-feira, a administração penitenciária do governo do Peru anunciou a libertação “imediata” do ex-presidente Alberto Fujimori, que está cumprindo uma pena de 25 anos pelo massacre ocorrido durante seu governo há três décadas. O perdão foi restaurado, apesar da oposição de organizações de direitos humanos.

Aos 85 anos, Fujimori está prestes a deixar a cela de uma base policial localizada em um bairro pobre de Lima, onde permaneceu por 16 anos. Seus seguidores, que o consideram um herói por ter supostamente salvado o Peru do terrorismo e do colapso econômico, aguardam ansiosamente por sua libertação.

Surpreendentemente, a libertação de Fujimori acontecerá mesmo após a Corte Interamericana de Direitos Humanos ter enviado uma nova exortação ao país para que se abstenha de executar o perdão restaurado pelo Tribunal Constitucional, desencadeando uma vertiginosa saga jurídica sobre o caso.

Essa notícia tem gerado um intenso debate e levantado questões sobre a legitimidade e o impacto dessa decisão no sistema legal do Peru. Enquanto alguns celebram a libertação do ex-presidente como um marco na história do país, outros estão preocupados com as possíveis consequências para a busca pela justiça e pela verdade em relação aos eventos ocorridos durante o governo de Fujimori.

Além disso, a decisão do governo peruano foi recebida com preocupação por parte de diversas organizações de direitos humanos, que consideram o perdão uma afronta à memória das vítimas do regime de Fujimori. A controvérsia em torno desse caso promete continuar tomando grandes proporções e provocando divisões na sociedade peruana.

Enquanto investigações recentes sobre ações realizadas durante o governo de Fujimori continuam causando impacto no país, a libertação do ex-presidente sem dúvida marca um novo capítulo na turbulenta história política do Peru.

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