Diego Bomfim era irmão da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), e foi vítima do crime organizado. A polícia civil do Rio de Janeiro levantou a hipótese de que as mortes podem ter sido um equívoco, já que um dos médicos teria sido confundido com um desafeto de facções criminosas.
A família do médico está em processo de formalização da procuração para que advogados possam acessar integralmente as provas e o conteúdo da investigação. Apesar da versão da polícia civil, vários parlamentares ressaltaram a necessidade de investigações rápidas, com acompanhamento da Polícia Federal, a fim de analisar o caso. O motivo para tal pedido seria a possibilidade de um assassinato político, relacionado à atuação combativa tanto de Sâmia quanto de Glauber, ambos reconhecidos por sua militância em direitos humanos e por denunciarem a ação de milícias no Rio de Janeiro.
Na noite de quinta-feira (5), a polícia civil encontrou quatro corpos, sendo dois deles suspeitos pelos vários disparos que resultaram na morte do trio de médicos que participava de um congresso na cidade. Segundo a polícia, a tese é de que o tribunal do crime agiu para punir os criminosos pelo erro cometido. No entanto, essa explicação não descarta a possibilidade de queima de arquivo, o que motivou a família de Diego Bomfim a buscar informações nos relatórios.
“A alta gravidade desse crime exige uma investigação robusta e provas concretas para comprovar efetivamente a autoria e as motivações do crime”, comunicou a assessoria de imprensa da deputada Sâmia Bomfim.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), procurou o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, na quinta-feira, para obter informações e solicitar a apuração do assassinato do irmão da deputada e dos outros dois médicos. Lira também requisitou que a Câmara seja informada sobre o andamento das investigações.
Em nota divulgada à imprensa, a Mesa Diretora da Câmara condenou veementemente qualquer tipo de violência e expressou solidariedade aos familiares e amigos das vítimas.
“O presidente Arthur Lira tentou entrar em contato e enviou condolências à parlamentar paulista, Sâmia Bomfim, mostrando solidariedade e colocando os serviços da instituição à disposição, inclusive para sua segurança pessoal”, informou a nota.
Vale lembrar que as informações acima foram obtidas através da Agência Câmara de Notícias.