Grande quantidade de foliões satirizam políticos e situação econômica durante o Carnaval
Durante o Carnaval, em vários blocos espalhados pelo país, uma grande quantidade de foliões demonstraram muita criatividade ao escolher fantasias que tinham como alvo principal o ex-presidente Jairo Bolsonaro (PL), o atual cenário da dengue e a necessidade de emprego.
Uma das foliãs, a redatora e roteirista Maíra Athayde, 36, escolheu uma fantasia de carteira de trabalho, e brincou: “A mais criticada, porém a mais amada”. Athayde explicou que a inspiração para sua fantasia veio do debate sobre a autonomia de freelancer versus a estabilidade garantida pela CLT. Ela também destacou a importância da CLT como um direito conquistado ao longo do tempo e motivou a luta para adaptá-la aos tempos atuais.
Além disso, a operação da Polícia Federal que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por tentativa de abolir o estado democrático de direito, também foi lembrada pelos foliões. A pesquisadora Natashe Monte, 36, e a foliona Cristina Riggitano também se inspiraram na operação da Polícia Federal para criarem suas fantasias.
O economista Henrico Angelo, 26, morador de São Paulo, participava da folia na região de Pinheiros, zona oeste, e escolheu uma fantasia que fazia alusão aos mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF. A mensagem em sua fantasia dizia: “toc, toc, toc. Quem é? É a Polícia Federal”. Angelo ressaltou que a ideia simples tem funcionado para atrair a atenção na festa, afirmando que todos estão entusiasmados com a verdade vindo à tona.
Com isso, fica evidente que a criatividade e a sátira marcaram presença nas festividades de Carnaval, mostrando que a situação política e econômica do país é um tema de constante reflexão, até mesmo durante um dos maiores feriados brasileiros.
Camila Zurur, Bruna Fantti e Leonardo Zvarick