Plano Real: Há 30 anos, FHC apresentava a URV no programa do Sílvio Santos
No dia 1º de março de 1994, há exatos 30 anos, o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, marcou presença no auditório do Programa Sílvio Santos no SBT para apresentar um ambicioso plano de estabilização econômica que mudaria a história do Brasil. A entrada em vigor da URV (Unidade Real de Valor) foi lembrada nas redes sociais da Fundação FHC como um marco importante no combate à hiperinflação no país.
Naquele dia histórico, FHC utilizou exemplos do cotidiano, como o preço de um batom e o valor da diária de uma faxineira, para explicar de forma didática o funcionamento da URV como um índice de referência para o valor real de preços, em meio a um cenário de alta inflação do cruzeiro real. Este momento icônico da história econômica brasileira foi marcado por uma comunicação direta com a população através de um dos programas mais populares da TV brasileira.
O ministro, que viria a ser eleito presidente da República no final daquele ano, explicou a importância da URV como uma forma de proteger o poder de compra dos salários em um cenário inflacionário caótico. A transição para o real, que ocorreria em julho de 1994, era vista como uma mudança que traria estabilidade e segurança econômica para o país.
No programa, Silvio Santos e FHC dialogaram sobre a necessidade de a população entender a importância da URV e como ela poderia ajudar no combate à inflação. A analogia de um salário fixo em URV versus a erosão do poder de compra causada pela inflação foi um dos pontos centrais da explicação do ministro.
Além disso, outros exemplos práticos foram utilizados, como o controle de preços abusivos em oligopólios, destacando a importância da fiscalização para evitar aumentos injustificados. O apelo final de Silvio Santos para que a população adotasse a URV como referência para os preços foi um dos pontos altos do programa.
A mensagem transmitida naquele dia pelo então ministro da Fazenda ficou marcada na memória dos brasileiros como o início de uma nova era na economia do país. Trinta anos depois, a história se mantém viva e relevante, relembrando a importância da estabilização econômica para o desenvolvimento e o bem-estar da população.
