De acordo com o tribunal, durante sua estada na França, Mariam Abou-Daqqa não pediu apoio ao Hamas, nem fez comentários antissemitas, o que vinha sendo alegado pelas autoridades francesas. No entanto, a decisão de expulsar a ativista foi mantida, mesmo diante da falta de provas de suas supostas atividades ilícitas.
A expulsão de Mariam Abou-Daqqa tem sido alvo de críticas por parte de ativistas e organizações de defesa dos direitos humanos, que alegam que a medida é uma clara tentativa de silenciar vozes críticas à ocupação israelense na Palestina. A decisão do tribunal administrativo foi vista como mais um exemplo da política de repressão a ativistas palestinos e defensores dos direitos humanos na França.
A Amnistia Internacional afirmou que a expulsão de Mariam Abou-Daqqa representa uma flagrante violação dos direitos humanos, principalmente o direito à liberdade de expressão e o direito de buscar asilo em um país estrangeiro. A organização também chamou atenção para o fato de que a ativista enfrenta sérios riscos à sua segurança caso seja forçada a retornar à Palestina.
A decisão do tribunal administrativo da França gerou indignação e descontentamento entre ativistas e defensores dos direitos humanos em todo o mundo. A expulsão de Mariam Abou-Daqqa expôs a fragilidade das proteções oferecidas a ativistas e refugiados políticos na França, bem como a crescente intolerância em relação à crítica à política israelense na região.
Apesar das críticas e protestos, a França manteve a decisão de expulsar a ativista palestina, levantando preocupações sobre o respeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão no país. A situação de Mariam Abou-Daqqa também evidenciou a tensão política e o conflito entre os direitos dos ativistas palestinos e as políticas de segurança nacional em muitos países europeus.