Governo da Islândia pretende instalar barreiras para proteção de usina geotérmica de vulcão ameaçador próximo à capital.






Preocupação na Islândia


Preocupação na Islândia

Preocupado com a iminente erupção de um vulcão perto de sua capital, Reykjavik, o governo da Islândia anunciou nesta terça-feira (14) que pretende instalar barreiras ao redor de uma usina geotérmica localizada na área, no sudoeste do país, para protegê-la de eventuais fluxos de lava.

O anúncio foi feito pela ministra da Justiça do país, Gudrun Hafsteinsdottir, à emissora estatal RUV. Segundo ela, o equivalente a 20 mil caminhões de equipamentos e materiais já estavam sendo transportados para a planta em questão, Svartsengi. A construção da barragem ainda aguarda, porém, a aprovação formal da administração federal.

A usina —que gera eletricidade a partir do calor armazenado sob a superfície terrestre— fornece energia para todo o país, e água quente e fria para a península de Reykjanes, próxima à região da capital. Mesmo assim, um porta-voz da operadora do local, HS Orka, afirmou que a suspensão de suas atividades não afetaria o acesso a energia em Reykjavik.

Svartsengi está localizada a pouco mais de seis quilômetros de Grindavik, cidade pesqueira completamente esvaziada no sábado devido ao risco de erupção. Na segunda, quando a atividade sísmica diminuiu, quase todos os 3.800 habitantes do município puderam voltar brevemente a ele para recolher documentos e objetos de valor e buscar seus animais de estimação.

Localizada entre as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte, duas das maiores do planeta, a Islândia tem atividades sísmicas e vulcânicas frequentes.

A intensidade e a extensão das movimentações observadas no sudoeste diminuíram na segunda, segundo informou o Escritório Meteorológico da Islândia em comunicado. “Foram registrados cerca de 800 terremotos na área entre 0h e 12h de terça-feira, menos do que nos dois dias anteriores”, diz o texto.

Rikke Pedersen, que dirige o Centro Vulcanológico Nórdico, alerta, porém, que isso não deve ser interpretado como um sinal de que o vulcão não deve entrar em erupção. Ao contrário, “menos atividade sísmica normalmente precede” erupções, diz ele.


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