Recentemente, na noite de segunda-feira (23), 35 ônibus e um trem foram incendiados em retaliação à morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão. Ele era apontado pela polícia como o braço direito de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, líder da maior milícia do Rio. Em resposta aos ataques, o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), anunciou o envio de mais homens da Força Nacional ao Rio de Janeiro. No entanto, aliados de Castro desejam uma colaboração ainda maior do governo federal.
Altineu Côrtes (PL-RJ), deputado e presidente do partido no Rio, defende a necessidade de uma atuação mais intensa do governo federal no estado. Segundo ele, é preciso uma integração efetiva entre estado e União, com suporte financeiro, pessoal e equipamentos. Côrtes também destaca a importância da integração entre os Poderes, afirmando que apenas a força não é suficiente para resolver a situação.
A reunião desta terça-feira terá como pauta principal a crise de segurança. Os parlamentares presentes afirmam que há espaço para a união em torno de Castro, mas ressaltam que essa aliança não se traduzirá em carta branca para o governador tomar ações sem controle. Eles defendem a implementação de medidas sociais e uma disposição para enfrentar globalmente a violência, destacando a importância de não tratar as áreas populares como zonas de guerra.
Washington Quaquá (PT-RJ), deputado e membro da Frente Parlamentar em Defesa das Favelas, afirma que o governo de Castro ainda não buscou ajuda desse colegiado para enfrentar a violência. Segundo ele, até o momento, não houve nenhum sinal por parte do governo para políticas estruturantes propostas.
Na quarta-feira (25), Castro tem agendado encontros com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em Brasília. Durante essas reuniões, o governador irá solicitar o endurecimento da legislação relativa ao crime de terrorismo. Castro defende que o crime de terrorismo não deve permitir progressão de pena e deve ser punido com 30 anos de prisão em regime fechado, da mesma forma que o uso de armas de guerra e a participação de serviços públicos relacionados ao tráfico, milícia, terrorismo e máfia.
É importante ressaltar que o governador busca apoio do governo federal e do Congresso para enfrentar a crise de segurança no Rio de Janeiro, visando a integração de esforços e medidas mais efetivas para combater a violência.