Hacker revela sete declarações contundentes na CPMI, colocando Bolsonaro em situação delicada. Leia mais!

O hacker Walter Delgatti compareceu nesta quinta-feira (17) à CPMI dos Atos Golpistas e fez uma série de afirmações que poderiam comprometer o ex-presidente Jair Bolsonaro. Delgatti, conhecido por vazar mensagens da operação Lava Jato em 2019, foi preso em agosto por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A convocação do hacker à CPMI ocorreu após uma operação da Polícia Federal que também mirava a deputada Carla Zambelli. A intenção da operação é investigar a participação de pessoas na invasão aos sistemas do CNJ, bem como a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Entre os documentos falsificados, havia um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante seu depoimento à CPMI, Delgatti fez sete afirmações que colocam Jair Bolsonaro no centro das supostas irregularidades relacionadas às eleições de 2022. Seguem abaixo as declarações do hacker:

1. Perdão presidencial: Delgatti afirmou que a ideia era que ele recebesse um indulto presidencial, já que ele estava com cautelares que o proibiam de acessar a internet e trabalhar. Ele mencionou que o presidente já havia concedido um indulto a um deputado federal e que, por isso, havia a expectativa de que fosse concedido também a ele.

2. Grampos contra Alexandre de Moraes: O hacker afirmou que Bolsonaro disse ter acesso a um grampo comprometedor do ministro Alexandre de Moraes e que precisava que ele assumisse a autoria desse grampo.

3. Emprego na campanha de Bolsonaro: Segundo Delgatti, Carla Zambelli mencionou a possibilidade de ele ter um emprego na campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro.

4. Código-fonte falso: Delgatti disse que a equipe de Bolsonaro queria que ele criasse um código-fonte falso para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de colocar dúvidas nas eleições.

5. Seguindo ordens do presidente: O hacker admitiu estar ciente de que suas ações eram erradas, mas justificou que estava seguindo ordens de um presidente da República.

6. Mandado de prisão falso para Alexandre de Moraes: Delgatti confessou ter inserido o mandado de prisão falso no sistema e afirmou que a deputada Zambelli lhe enviou um texto pronto.

7. Relatório sobre as urnas: O hacker afirmou que tudo o que repassou à equipe consta no relatório entregue ao TSE, e que o relatório contém exatamente o que ele havia dito.

Caso as afirmações de Delgatti sejam comprovadas, elas poderiam colocar Bolsonaro em uma posição complicada, pois indicariam sua suposta participação em atividades ilegais relacionadas às eleições. Agora cabe às autoridades investigarem a veracidade das declarações do hacker e tomar as medidas necessárias para esclarecer os fatos.

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