Igreja tombada em Alagoas se recusa a deixar área de risco afetada por afundamento

O Templo da Igreja em Maceió: Uma história de resistência

O templo foi inaugurado em 1974. Há dois anos, a igreja foi tombada como patrimônio material e imaterial de Alagoas pelos seus conhecidos serviços sociais prestados.

A igreja é uma exceção em meio a quem vivia em áreas afetadas e já deixou o entorno. Os membros decidiram ficar no bairro, onde o templo foi instalado —ainda como congregação— desde 1936. Também se recusaram a abrir negociação com a Braskem, responsável pela mineração de sal-gema na região.

O pastor Wellington diz que a comunidade decidiu lutar para permanecer no local porque a rua onde ela fica está aberta e um relartório apontaria que não há riscos de desabamento na área.

Nós não estamos fazendo negacionismo: temos um laudo da Defesa Civil de outubro de 2021 em que disseram que não havia necessidade de deixar a área. Não nos visitaram em 2022, não nos visitaram em 2023 e aí veio a questão da mina 18 e o argumento de que já era para termos saído porque a área toda é uma área de risco.
Wellington Santos

Rua abandonada após afundamento no bairro do Pinheiro, em Maceió Imagem: Carlos Madeiro/UOL

A Braskem afirma que, desde abril de 2021, vem mantendo tratativas com a igreja para oferecer apoio à realocação, sem sucesso.

Recentemente, a Igreja de Maceió, localizada no bairro do Pinheiro, ganhou destaque pela luta de seus membros em permanecer no local, mesmo diante de riscos evidentes. Fundado em 1974, o templo foi tombado como patrimônio material e imaterial de Alagoas devido aos serviços sociais prestados pela igreja. Com uma história marcada por resistência, os membros decidiram permanecer no bairro, mesmo em meio aos perigos que rondam a região.

O pastor Wellington Santos ressaltou que a decisão de permanecer no local foi embasada em um relatório que apontava a inexistência de riscos de desabamento na área. No entanto, a Braskem, empresa responsável pela mineração de sal-gema na região, afirma que desde abril de 2021 mantém tratativas com a igreja para oferecer apoio à realocação, porém, sem sucesso.

Apesar dos esforços da empresa, a comunidade e líderes religiosos da igreja se recusaram a abrir negociações e lutam para permanecer no local. A imagem da rua abandonada após o afundamento no bairro do Pinheiro em Maceió ganhou destaque na mídia e se tornou símbolo da resistência da igreja e da comunidade que ali vivia. A história da igreja é marcada por uma força indomável, que busca manter viva uma tradição e um legado de serviços sociais prestados à comunidade.

Em meio a discussões e relatórios que apontam para a existência de riscos evidentes na região, a igreja se mantém firme em sua decisão de permanecer no local, mesmo diante das dificuldades e do perigo iminente. O caso da Igreja do Pinheiro em Maceió reflete a determinação de uma comunidade que se recusa a ceder diante das adversidades, mantendo-se fiel à sua história e às suas convicções.

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