Investigação da Polícia Federal sobre uso indevido de ferramentas de espionagem na Abin gera polêmica entre aliados de Bolsonaro

A PF investiga possível espionagem ilegal de aliados de Bolsonaro na Abin

A Polícia Federal (PF) está investigando denúncias de que aliados do presidente Jair Bolsonaro na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizaram ferramentas de espionagem de forma indevida, além do First Mile, um software que permite o monitoramento de geolocalização de celulares em tempo real. De acordo com as investigações, o ex-diretor da agência, Alexandre Ramagem, teria incentivado e encoberto o uso de um programa espião.

Em resposta, a família Bolsonaro negou qualquer envolvimento em atos de espionagem. O ex-presidente, por sua vez, afirmou que a existência de uma “Abin paralela” era apenas uma teoria e elogiou o trabalho de Ramagem durante uma transmissão ao vivo feita com seus filhos no domingo (28).

Defesa de Bolsonaro critica operação

Em uma nota oficial, a defesa de Jair Bolsonaro informou que o ex-presidente e seus filhos não estavam no imóvel alvo da busca e apreensão realizada pela PF, pois haviam saído cedo para pescar em um local próximo. Segundo os advogados Daniel Bettamio Tesser, Fábio Wajngarten e Paulo Amador da Cunha Bueno, ao tomarem conhecimento da operação, todos retornaram imediatamente para atender ao mandado judicial e colaborar com os agentes policiais.

Além disso, a defesa criticou a operação, classificando-a como uma “pescaria probatória” e alegando que a PF vasculhou a intimidade e a vida privada de cidadãos, violando seus direitos fundamentais e extrapolando os limites legais.

As investigações sobre o suposto uso ilegal de ferramentas de espionagem na Abin continuam em andamento, enquanto a defesa de Bolsonaro busca esclarecer os fatos e garantir a integridade do ex-presidente e seus familiares.

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