Polícia Federal prende líder indígena suspeito de estuprar crianças no Amazonas
No dia 5 de outubro, a Polícia Federal realizou a prisão de um líder da comunidade indígena Terra Preta, no interior do Amazonas, sob a acusação de estuprar ao menos três crianças.
Segundo as investigações, uma das vítimas, que é sobrinha do homem, engravidou aos 11 anos devido aos abusos. Além dela, outras duas adolescentes, de 12 e 16 anos, também teriam sido vítimas do suspeito. Um sobrinho do líder indígena também foi detido por suspeita de participação nos abusos.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão preventiva contra os suspeitos, cujas identidades não foram divulgadas. A polícia informou que não há informações sobre a presença de advogados em suas defesas.
A denúncia veio à tona após a mãe da menina de 11 anos descobrir a gravidez da filha, que revelou ter sido estuprada pelo líder da aldeia e pelo seu sobrinho. A investigação sobre a paternidade do bebê, nascido em setembro do ano passado, está em andamento.
Em entrevista à TV Rede Amazônica, a mãe da vítima relatou ter sido ameaçada de ser expulsa da comunidade pelo líder indígena ao denunciá-lo. A Polícia Federal afirmou que o suspeito utilizava de sua posição para constranger e ameaçar testemunhas, podendo impedir o acesso de outros indígenas a benefícios sociais.
A operação que resultou na prisão dos dois suspeitos ocorreu em Vila Novo Céu, no município de Autazes, e teve como objetivo reprimir o abuso sexual de crianças e adolescentes na aldeia indígena. Os detidos responderão pelos crimes de estupro de vulnerável, abuso de poder, coação de vítimas e cerceamento de direitos básicos da comunidade indígena.