O presidente destacou a “dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino” e a persistência da crise humanitária no Haiti, o conflito no Iêmen, as ameaças à unidade nacional da Líbia e as rupturas institucionais em Burkina Faso, Gabão, Guiné-Conacri, Mali, Níger e Sudão. Lula ressaltou que esses países africanos estão passando por levantes militares após décadas de influência do imperialismo.
Além disso, o líder brasileiro voltou sua atenção para a América Latina, em especial para a situação na Guatemala. Lula alertou para o risco de um golpe que impediria a posse do vencedor de eleições democráticas no país centro-americano. Recentemente, a Guatemala passou por um processo eleitoral que resultou na eleição do progressista Bernardo A´révalo, mas o presidente eleito enfrenta uma série de atentados e manobras judiciárias que tentam reverter os resultados eleitorais.
O discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU ganhou proporções históricas, sendo o seu retorno ao Parlamento mundial após 14 anos. Lula iniciou seu pronunciamento recordando seu primeiro discurso na ONU em 2003 e declarou sua confiança na capacidade humana de superar desafios e evoluir para formas superiores de convivência.
O presidente enfatizou que seu retorno a Nova York é um triunfo da democracia no Brasil e que o país está de volta para dar sua devida contribuição aos desafios globais. Ele ressaltou a importância da democracia como base para a solução dos problemas mundiais e concluiu seu discurso com otimismo, mantendo sua inabalável confiança na humanidade.
Este discurso de Lula durante a Assembleia da ONU representa um marco na sua trajetória política e evidencia sua visão engajada com os desafios enfrentados pelo mundo. Espera-se que suas palavras possam abrir caminhos para a busca de soluções mais justas e igualitárias para os problemas que afetam a humanidade no século XXI.
