Ofensiva Militar do Hamas deixa brasileiros mortos em festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza
No último fim de semana, os brasileiros Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu, ambos com 24 anos, foram vítimas da ofensiva militar do Hamas a um festival de música eletrônica que ocorria no Sul de Israel, próximo à Faixa de Gaza. Segundo a imprensa israelense, o número de mortos no local já chega a 260.
Infelizmente, há também uma brasileira desaparecida. Karla Stelzer, de 41 anos, residente em Israel há mais de uma década, participava do evento junto com Bruna e Glazer.
O Ministério das Relações Exteriores divulgou que aproximadamente 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Palestina. Além disso, a região recebe muitos turistas que visitam locais considerados sagrados ou participam de eventos.
Nos últimos anos, o Ministério da Defesa realizou operações de repatriação em diversos países, como Turquia, Ucrânia, China e Bolívia. Foram utilizadas cerca de cinco aeronaves e 30 viaturas para resgatar aproximadamente 6,6 mil pessoas, entre brasileiros e estrangeiros.
Orientações para repatriação e atendimento em situação de emergência
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está recebendo inscrições de interessados em repatriação por meio de um formulário em sua página na internet. Além disso, os plantões consulares da embaixada em Tel Aviv (+972 (54) 803 5858) e do Escritório de Representação em Ramala (+972 (59) 205 5510), que possui Whatsapp, estão funcionando para atender pessoas em situação de emergência. O plantão consular geral do Itamaraty, em Brasília, também está disponível pelo telefone +55 (61) 98260-0610.
O Escritório de Representação em Ramala, na Cisjordânia, está em contato com os cerca de 50 brasileiros que vivem na Faixa de Gaza e está preparando a retirada daqueles que desejam deixar a região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo, no Egito, país vizinho.
O resgate dos brasileiros está sendo organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), que está mapeando os aeroportos no Norte e Nordeste do Brasil para realizar a operação de repatriação.
O Itamaraty enfatiza a importância de todos os brasileiros na região que possuem passagens aéreas, ou condições de adquiri-las, embarcarem em voos comerciais a partir do Aeroporto Internacional Ben Gurion, que continua operando, mesmo com algumas restrições.
