Preços de voos para destinos remotos no Brasil pela Azul se equiparam aos de rotas internacionais







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Preços de voos da Azul nos destinos mais afastados geram polêmica

A Azul, companhia aérea brasileira, tem enfrentado críticas em relação aos preços de passagens para destinos atendidos apenas por ela e que estão localizados longe dos grandes centros urbanos. Os valores cobrados chegam a ser semelhantes aos de rotas internacionais, atendidas pela mesma companhia.

Em aeroportos onde a Azul concorre com Latam e Gol, as tarifas costumam ser mais baixas, como é o caso do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Essa estratégia é uma forma de ganhar mercado nas praças onde as concorrentes são mais consolidadas.

Um exemplo dos preços elevados praticados pela Azul é o voo entre o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e Caldas Novas (GO), que varia de R$ 2.966 a R$ 3.473 para o mês de março do próximo ano. Esses valores estão muito acima das tarifas recomendadas pelo setor para voos domésticos.

Além disso, o trecho entre Vilhena (RO) e Cuiabá (MT) custa R$ 2.154, enquanto a ligação entre Cuiabá e Aripuanã, no mesmo estado, chega a R$ 3.230. Preços que chegam a ser superiores aos cobrados em alguns destinos internacionais atendidos pela companhia.

Voar de Campinas a Paris (França) pela Azul, em março, pode custar menos de R$ 2.000, enquanto o valor para voar de Campinas a Montevidéu, no Uruguai, gira em torno de R$ 1.000. Essa discrepância nos preços tem levantado questionamentos sobre a política de tarifas da companhia.

Outras justificativas

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a Azul é a empresa com a tarifa média mais elevada entre as três principais companhias aéreas que operam no país. Em agosto, o preço real médio do bilhete vendido pela empresa foi de R$ 765, enquanto o da Gol era de R$ 575 e o da Latam, R$ 593.

A companhia alega que os preços praticados variam de acordo com fatores como trecho, sazonalidade, compra antecipada, disponibilidade de assentos, entre outros. Além disso, a alta do dólar, o preço do combustível de aviação (QAV) e conflitos internacionais também afetam o custo das passagens.

A empresa também destaca que é a maior do país em número de voos e destinos, operando em 150 cidades. No entanto, a polêmica em torno dos preços praticados nos destinos mais afastados continua gerando debates e críticas por parte dos consumidores.

Artigo produzido por Paulo Ricardo Martins


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