De acordo com Esteves, as famílias estão tendo um número excessivo de filhos, quando, na verdade, o limite deveria ser apenas dois. O prefeito ressaltou a necessidade da construção de creches nos próximos anos para suprir essa demanda. “Haja creche para ser construída ao longo dos próximos anos”, afirmou.
Além disso, o prefeito propôs a criação de uma lei para controlar a natalidade. “Tem que fazer uma lei lá na Câmara. Tem que ter um projeto federal, estadual e municipal, porque precisa, sim, desse controle. É muita responsabilidade colocar filho no mundo”, destacou Esteves.
No entanto, a declaração do gestor público provocou indignação e repúdio, sendo classificada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) como um “ato de misoginia”. A OAB condenou veementemente a fala do prefeito, destacando que tal posicionamento é inaceitável em pleno ano de 2023.
Em nota, a prefeitura de Barra do Piraí tentou contornar a situação, alegando que a declaração foi feita em um momento de “descontração”. O prefeito teria se equivocado ao utilizar o termo “castração” em vez de “laqueadura”.
No entanto, a explicação não foi suficiente para acalmar os ânimos. O presidente da OAB de Barra do Piraí, Christopher Almada, ressaltou que a fala do prefeito representa um desrespeito às mulheres e um pensamento retrógrado e machista. Almada enfatizou a importância de combater atitudes preconceituosas como essa, garantindo a igualdade e o respeito às mulheres.
Cabe ressaltar que a declaração do prefeito Mario Esteves gerou grande repercussão nas redes sociais e na imprensa. As opiniões estão divididas, mas é unânime o repúdio à declaração, considerada desrespeitosa e ofensiva.
É fundamental que os representantes políticos tenham consciência da importância do respeito e da igualdade de gênero. Atitudes como essa não podem ser toleradas em uma sociedade que busca a evolução e o reconhecimento de todos os seus membros. A luta pelos direitos das mulheres deve ser constante, para que não haja retrocessos e para que todas e todos sejam tratados de forma igualitária.