Segundo as autoridades, suspeito de matar médica planejava escapar levando corpo dentro de uma mala.

No último final de semana, um crime chocou a cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Um homem de 26 anos confessou ter matado a namorada, uma médica de 28 anos, e colocado o corpo dela dentro de uma mala. O crime ocorreu na noite de quinta-feira, no apartamento em que a vítima morava, e foi motivado por ciúmes, segundo a Polícia Civil.

O corpo da médica Thallita da Cruz Fernandes foi encontrado nu, com várias perfurações por faca, no próprio apartamento onde ela vivia. O namorado dela, identificado como Davi Izaque Martins Silva, foi preso temporariamente suspeito de ter cometido o assassinato. Ele foi encontrado na casa da mãe, na mesma cidade.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Silva prestou um novo depoimento confessando o crime. Ele alegou ter consumido cocaína, ecstasy e duas cervejas na noite do crime, e começou a discutir com a namorada por ciúmes. Em seguida, ele a atacou com facadas, levando à sua morte.

Após cometer o assassinato, Silva colocou o corpo da médica dentro de uma mala e planejava se desfazer do cadáver. No entanto, percebeu que a mala estava rasgada e desistiu desse plano. Ele permaneceu no apartamento da namorada até a tarde do dia seguinte, fingindo ser ela nas mensagens de familiares pelo celular.

O caso chamou a atenção também de um taxista, que transportou Silva e notou um forte cheiro de carne. O motorista perguntou sobre o odor, mas o suspeito mentiu, alegando ser por conta do trabalho em uma lanchonete.

A descoberta do crime ocorreu quando a mãe da vítima estranhou a falta de comunicação da filha e pediu que uma amiga fosse até o apartamento dela. Ao chegar no local e não receber resposta, a amiga chamou a polícia e juntos encontraram o corpo da médica.

Thallita era natural de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, e morava em São José do Rio Preto desde 2016, onde cursou Medicina na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Ela trabalhava como plantonista em uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Bady Bassit.

De acordo com o delegado, o relacionamento entre a vítima e o suspeito durava aproximadamente três anos. Ele dependia financeiramente dela e tinha receios de que ela terminasse o relacionamento. Apesar de o crime aparentar ser passional, segundo o delegado, na realidade trata-se de um crime patrimonial.

A defesa do acusado ainda não se pronunciou sobre o caso. As investigações continuarão para reunir elementos e esclarecer todos os detalhes desse crime brutal que chocou a cidade de São José do Rio Preto.

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