No dia 7 de agosto, imagens das câmeras de segurança do condomínio onde o médico mora mostram ele discutindo e agredindo o zelador. O motivo dessa atitude teria sido o pedido do zelador para que Bruno estacionasse corretamente seu carro na garagem. Segundo o zelador, ele apenas solicitou ao porteiro que comunicasse o médico sobre o ocorrido, mas ao invés de descer para arrumar o veículo, Bruno desceu para agredi-lo. Mesmo com as imagens como prova, o médico foi até a delegacia e alegou ter sido vítima do zelador.
Posteriormente, Bruno D’Ângelo tentou explicar sua versão ao síndico do condomínio, porém, ao ser questionado, também o agrediu, causando-lhe ferimentos. Diante das agressões sofridas, o condomínio decidiu contratar seguranças e registrou uma queixa na delegacia.
Nas redes sociais, Bruno se apresenta como médico e fala sobre cuidados com a saúde, bem-estar e suas especialidades médicas, como medicina do esporte, nutrologia e dermatologia. Além disso, ele também compartilha fotos e vídeos de suas viagens internacionais.
As informações sobre o caso foram inicialmente divulgadas pela TV Globo e posteriormente confirmadas pelo Estadão.
Bruno também é acusado de agredir mulheres. Imagens do prédio onde uma ex-namorada trabalha mostram o médico vestindo a mesma camiseta utilizada no dia em que agrediu o síndico de seu condomínio. Essa mulher já havia denunciado agressões por parte de Bruno.
A Secretaria de Segurança Pública confirmou a existência de dois inquéritos policiais em andamento contra Bruno. O primeiro deles, registrado como violência doméstica, perseguição, ameaça e lesão corporal, está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher Sul. A vítima conseguiu uma medida protetiva e o depoimento do suspeito já foi agendado.
O segundo caso foi registrado como injúria, calúnia e ameaça por três vítimas, sendo duas mulheres e um homem. O investigado foi intimado para prestar depoimento na investigação do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância.
Há também uma terceira ocorrência que está em fase inicial de investigação no 15° Distrito Policial (Itaim Bibi). Os policiais do 78° Distrito Policial aguardam uma representação formal da vítima para dar continuidade às investigações. A Secretaria de Segurança Pública não informou se o médico já foi preso anteriormente.
A defesa de Bruno D’Ângelo Cozzolino informou ao Estadão que ele não irá se manifestar nesse momento. Em 2021, sua defesa apresentou um laudo psiquiátrico comprovando seu transtorno de humor bipolar, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo grave à Justiça. Os advogados também alegam que ele havia abandonado o tratamento. Sua prisão foi revogada para que fosse realizada uma perícia médica e o caso acabou sendo arquivado.
(Fonte: adaptado de Estadão)
