Repórter Fortaleza

Senador questiona exclusão de mensagens do celular de general que comandou GSI no dia dos ataques às sedes dos três Poderes

Senador questiona apagamento de mensagens do celular do ex-general do GSI

Por: [Nome do Jornalista]

12 de Outubro de 2021

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) fez um pronunciamento contundente no Plenário nesta segunda-feira (11), levantando questionamentos sobre o apagamento das mensagens do celular pessoal do general Marco Edson Gonçalves Dias, que comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante os ataques às sedes dos três Poderes. Segundo o parlamentar, a perícia realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não encontrou nenhuma mensagem anterior a 1º de maio no aparelho.

O senador aproveitou a ocasião para mencionar uma conversa entre o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo, e o general Dias, que continha mais de 126 páginas de diálogos transcritos. Izalci ressaltou que, de acordo com os diálogos, o general afirmou ter ligado para o ex-presidente Lula e o informado sobre o ocorrido. Essa revelação levanta suspeitas sobre o conhecimento prévio de Lula em relação aos ataques.

Além disso, Izalci solicitou a quebra de sigilo do ministro da Justiça, Flávio Dino, para investigar quais autoridades receberam os alertas da Abin a respeito dos possíveis ataques. Para o senador, se o governo federal tivesse compartilhado as mensagens enviadas pela agência, as invasões poderiam ter sido evitadas.

O senador não poupou críticas à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que investiga os acontecimentos referentes aos ataques. Segundo Izalci, a comissão está sendo “sequestrada pela base do governo”. Ele alega que o relatório já está pronto há muito tempo e que os membros da base governista estão apenas procurando justificativas para o que já foi escrito.

O pronunciamento do senador Izalci Lucas traz à tona questões fundamentais que envolvem a investigação dos ataques às sedes dos três Poderes. A falta de mensagens no celular do general Dias e as revelações feitas por Saulo trazem dúvidas sobre o conhecimento prévio dos ataques por parte de autoridades. Além disso, a solicitação de quebra de sigilo do ministro da Justiça, Flávio Dino, evidencia a busca por respostas sobre quem recebeu os alertas da Abin. Por fim, a crítica à CPMI do 8 de Janeiro coloca em xeque a imparcialidade da comissão e levanta questionamentos sobre a finalidade real das investigações.

É importante que essas questões sejam analisadas e esclarecidas para que a sociedade brasileira possa entender a plenitude dos acontecimentos e garantir a justiça diante dos graves ataques ocorridos em janeiro deste ano.

Fonte: Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Sair da versão mobile