Alunos de medicina da Unisa são investigados por atos obscenos e assédio em jogo universitário de vôlei feminino

 

A Polícia Civil está investigando um incidente envolvendo estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), que foram flagrados nus e simulando atos de masturbação durante um jogo universitário no interior de São Paulo. Os vídeos, que viralizaram nas redes sociais, mostram os alunos da Unisa abaixando suas bermudas e tocando suas genitais ao lado de uma quadra onde jogavam atletas de vôlei feminino do Centro Universitário São Camilo.

A repercussão do caso ganhou força no último domingo (17), quando o influenciador e empresário Felipe Neto compartilhou as imagens, cobrando um posicionamento da Unisa. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) emitiu uma nota à CNN informando que está investigando o ocorrido através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos.

Diante das evidências, o Centro Acadêmico Rubens Monteiro de Arruda, do curso de Medicina da Unisa, divulgou uma nota repudiando as atitudes registradas nos vídeos. O comunicado afirmou que eles não compactuam com comportamentos que ofendam, humilhem ou constranjam qualquer pessoa, e que tais atos representam um retrocesso para uma universidade que é fruto de muitas lutas e reivindicações dos alunos.

A Atlética da Medicina da Unisa também emitiu uma nota, esclarecendo que as filmagens divulgadas não são recentes e que não representam os princípios e valores pregados pela associação.

Diante da repercussão do caso, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Ministério das Mulheres manifestaram repúdio às imagens e exigiram que os responsáveis fossem responsabilizados pelos seus atos. A UNE destacou que as atitudes dos estudantes de medicina da Unisa durante os jogos universitários foram repugnantes e inaceitáveis, enquanto o Ministério das Mulheres ressaltou a importância de combater práticas que perpetuam a violência de gênero.

Em nota, o Ministério das Mulheres também reafirmou seu compromisso em promover um ambiente universitário livre de violência e em garantir a participação plena das mulheres como cidadãs.

A Unisa, o Centro Acadêmico e a Atlética da Centro Universitário São Camilo foram procurados pela CNN para darem um posicionamento sobre o incidente, mas até o momento não se pronunciaram oficialmente.

É fundamental que casos como esse sejam tratados com o devido rigor da lei, garantindo que os responsáveis sejam responsabilizados por seus atos. A sociedade precisa rejeitar e combater qualquer forma de assédio, discriminação e violência, principalmente em instituições de ensino, que deveriam ser ambientes seguros e respeitosos para todos os estudantes.

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