Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro alcança marca de 6.360 usuários no serviço de prevenção ao HIV com medicação pré-exposição.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) informou que alcançou um importante marco neste ano no que diz respeito à prevenção do HIV. Segundo dados divulgados pela SMS, já são 6.360 usuários cadastrados no serviço de saúde para uso da medicação de pré-exposição ao HIV, sendo que 4.524 pacientes possuem prescrição da rede pública.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, qualquer unidade de atenção primária, como clínicas da família e centros municipais de saúde, pode prescrever o uso da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP). Após uma avaliação médica, o procedimento é realizado em 166 unidades. Até o momento, mais de 7,7 mil medicamentos foram entregues na cidade.

Com o objetivo de garantir o acesso da população indicada ao tratamento, a rede municipal de saúde do Rio de Janeiro ampliou o número de unidades dispensadoras da medicação para a profilaxia pré-exposição ao HIV. Em 2020, eram apenas três unidades, mas agora são 166 em 2023. Além disso, o Centro Municipal de Saúde Rocha Maia, em Botafogo, oferece serviços em horário diferenciado, de domingo a domingo, das 7h às 22h, sem necessidade de agendamento.

“A ampliação do serviço é um marco importante para promoção da saúde e um avanço dentro da estratégia para prevenção do HIV. Os pacientes com indicação para o uso do PrEP têm acesso garantido, o que possibilita maior qualidade de vida. Além da ampliação das unidades dispensadoras, ter um centro municipal com horário de funcionamento diferenciado pode fazer toda diferença na vida de usuários, que por alguma razão não conseguem comparecer nas unidades que funcionam em horário comercial”, afirmou Larissa Terrezo, superintendente de Atenção Primária da SMS.

A profilaxia pré-exposição ao HIV, conhecida como PrEP, consiste no uso de medicação antirretroviral por pessoas não infectadas pelo vírus, mas que estão extremamente vulneráveis a ele. São casos como casais em que apenas um dos parceiros vive com o HIV, pessoas que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo, pessoas trans, pessoas que usam drogas, pessoas privadas de liberdade e profissionais do sexo.

Esses pacientes passam por uma avaliação realizada por um profissional de saúde na unidade de atenção primária para verificar o risco de infecção e os critérios de indicação da PrEP. O objetivo dessa medicação é diminuir o risco de infecção pelo vírus, com o uso diário de um comprimido. No entanto, é importante ressaltar que a PrEP não previne outras infecções sexualmente transmissíveis e, portanto, é necessário combinar com outras formas de prevenção.

Além da PrEP, existe também a profilaxia pós-exposição (PEP), que consiste no uso de medicações antirretrovirais pelo período de 28 dias para diminuir o risco de infecção pelo HIV após uma exposição ao vírus. Isso pode ocorrer em situações como relações sexuais desprotegidas, violência sexual ou acidentes com material biológico. Nesses casos, a pessoa exposta deve procurar rapidamente uma unidade de saúde para uma avaliação e, se necessário, receber a medicação adequada.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, todas as unidades de saúde do município do Rio de Janeiro possuem as medicações e testes necessários para a realização do procedimento de PEP. Dessa forma, busca-se garantir um atendimento rápido e eficaz para a população, visando reduzir os riscos de infecção pelo HIV.

A cidade do Rio de Janeiro vem investindo cada vez mais em políticas públicas voltadas para a prevenção e tratamento do HIV. Com o aumento do acesso à PrEP e à PEP, espera-se que seja possível reduzir significativamente o número de novos casos de infecção pelo vírus, proporcionando uma melhor qualidade de vida para a população carioca.

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