Inicialmente, o grupo aguardava na cidade de Khan Yunis pela autorização do governo do Egito para ingressar em território egípcio e embarcar em um voo de volta ao Brasil. No entanto, as autoridades optaram por transferir os brasileiros para Rafah enquanto aguardam a permissão.
A “pequena casa” alugada pelo governo em Rafah oferece uma noite mais tranquila para o grupo e está localizada a uma caminhada de distância da fronteira com o Egito, conforme informou o Palácio do Planalto em comunicado.
Enquanto isso, os outros 12 brasileiros que já estavam em Khan Yunis, aguardando autorização para atravessar a fronteira com o Egito, permanecerão na cidade. Como esses brasileiros residem em Khan Yunis, não foi necessário que se deslocassem para a casa alugada em Rafah, que está aproximadamente 13 quilômetros de distância.
A expectativa é de que assim que a fronteira for aberta, permitindo a imigração, os dois grupos possam se reunir e seguir juntos para o Brasil. A aeronave da Presidência da República, um VC-2, já está estacionada em Roma, na Itália, aguardando o momento oportuno para seguir viagem até o Egito. O Itamaraty continua negociando com as autoridades egípcias para garantir a entrada dos brasileiros e seus familiares no país.
Até o momento, o governo brasileiro já resgatou 701 brasileiros e seus familiares em quatro voos da Força Aérea Brasileira (FAB). O quinto avião, que partiu de Tel Aviv neste sábado, trouxe mais 215 pessoas, incluindo nove bebês. A previsão é de que a aeronave pouse no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo, elevando o total de brasileiros repatriados para 916 pessoas.
O Ministério das Relações Exteriores estima que serão necessários pelo menos 15 voos para trazer de volta ao país todos os brasileiros que solicitaram ajuda para deixar a região do conflito. Mais de 2,7 mil cidadãos brasileiros atualizaram seus dados pessoais através do formulário disponibilizado pela embaixada brasileira em Tel Aviv, porém nem todos manifestaram a intenção de deixar a região neste momento.
Além disso, alguns cidadãos preencheram o formulário mais de uma vez, dificultando o levantamento preciso do número de brasileiros na região. O Itamaraty está revisando a lista para garantir a correta contagem. Aloysio Mares Dias Gomide Filho, diretor do Departamento Consular do Itamaraty, ressaltou que os cidadãos já repatriados estão entre aqueles que responderam ao formulário.