Polícia Civil de SP recupera metralhadoras do Exército Brasileiro furtadas em Barueri; 17 armas já foram encontradas

Na madrugada deste sábado, a Polícia Civil de São Paulo realizou uma importante apreensão, encontrando nove metralhadoras do Exército Brasileiro que haviam sido furtadas do Comando Militar do Sudeste, em Barueri. As armas foram localizadas na cidade de São Roque, interior paulista, na estrada municipal Emil Scaff. No entanto, ao chegar no local, os policiais foram recebidos a tiros por dois homens, que conseguiram escapar por uma região de mata. Felizmente, os disparos atingiram apenas a viatura policial, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

A descoberta dessas armas foi resultado de intensas investigações conduzidas pelos policiais civis, que realizaram um mapeamento das atividades de suspeitos de integrar organizações criminosas. Essas investigações permitiram identificar o local onde estava sendo feito o transporte dos armamentos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as apurações também indicaram que as armas seriam repassadas a outros criminosos.

O Comando Militar do Sudeste confirmou que as nove metralhadoras encontradas fazem parte do lote das que haviam desaparecido anteriormente. Do lote de 21 armas, já foram recuperadas 17, informou o Exército. Entre as metralhadoras encontradas estão cinco de calibre .50 (antiáreas) e quatro de calibre 7,62.

A importância da ação da polícia na recuperação dessas armas foi destacada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. Ele ressaltou que o calibre 7.62, por exemplo, tem o poder de perfurar um carro blindado, enquanto o .50, de uso exclusivo das Forças Armadas, é antiaéreo. Assim, o prejuízo poderia ter sido catastrófico, não apenas para os policiais, mas também para a sociedade em geral.

O Comando Militar do Sudeste acredita que as armas foram desviadas mediante furto com possível participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo. A linha de investigação mais provável indica que o extravio tenha ocorrido entre os dias 5 e 8 de setembro. Paralelamente à investigação, todos os processos da Organização Militar estão sendo revistos e os militares que tinham encargos de fiscalização e controle podem ser responsabilizados na esfera administrativa e disciplinar por eventuais irregularidades. Os militares temporários serão expulsos e os militares de carreira serão submetidos a Conselhos de Justificação ou Disciplina, segundo informou o Comando Militar do Sudeste em nota à imprensa.

Vale destacar que, no Rio de Janeiro, outras oito metralhadoras já haviam sido encontradas pela Polícia Civil esta semana. Quatro delas são de calibre .50 e quatro de calibre 7,62. As investigações continuam no sentido de identificar os responsáveis por esse grave episódio de furto de armas do Exército Brasileiro, visando a garantir a segurança da sociedade e a integridade das instituições militares.

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