Apesar de não ter fornecido detalhes sobre como a coalizão poderia ser envolvida nesta nova frente de batalha contra o Hamas, Macron declarou aos repórteres: “A França está pronta para que a coalizão internacional contra o Daesh lute também contra o Hamas”. Daesh é a sigla em árabe para Estado Islâmico.
É importante ressaltar que a coalizão liderada pelos Estados Unidos, da qual Israel não faz parte, foi formada em setembro de 2014 com o objetivo de combater o Estado Islâmico. A iniciativa começou com uma grande operação militar, que culminou na derrota militar do Daesh no Iraque e na Síria. Atualmente, a coalizão concentra-se no aconselhamento e assistência aos parceiros locais, incluindo reconhecimento e inteligência, para evitar que o Estado Islâmico recupere terreno perdido.
Macron advertiu sobre os riscos de um conflito regional e enfatizou que a luta contra o Hamas precisa ser implacável, mas dentro das regras estabelecidas. Netanyahu, por sua vez, não comentou diretamente a proposta do presidente francês, mas ressaltou que a luta contra o terrorismo é uma batalha que deve ser enfrentada por todos, pois é uma questão global que ameaça a segurança e a estabilidade internacional.
É interessante observar que a sugestão de Macron envolve a ampliação da coalizão internacional para incluir um novo ator no combate ao terrorismo. O Hamas é um grupo militante palestino, considerado por muitos países como uma organização terrorista. No entanto, o envolvimento do Hamas em Gaza e suas relações complexas com Israel e os palestinos tornam essa questão ainda mais delicada.
Apesar da proposta do presidente francês, o futuro dessa coalizão e sua possível expansão para incluir o Hamas ainda são incertos. No entanto, a iniciativa de Macron reforça a necessidade de uma ação conjunta e coordenada no combate ao terrorismo, garantindo que nenhum grupo extremista possa ameaçar a paz e a segurança mundial. A luta contra o terrorismo não é apenas uma responsabilidade de um país ou de um grupo específico, mas sim uma batalha que deve ser enfrentada por toda a comunidade internacional.