Dino ressaltou a importância desse reforço durante os próximos dias intensos no Rio de Janeiro, afirmando que essa ação tem o objetivo de apoiar o governo do estado no policiamento ostensivo.
O sábado será marcado pela final da Taça Libertadores da América entre Fluminense e Boca Juniors, enquanto o domingo contará com a aplicação das provas do Enem. Inicialmente, estava previsto também o jogo entre Vasco e Botafogo para o mesmo dia, porém, foi transferido para segunda-feira a pedido do ministro Dino e do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Essa decisão de reforçar o policiamento acontece após a onda de violência que assolou a cidade na semana passada, quando criminosos incendiaram ônibus e uma cabine de trem, gerando caos em sete bairros da zona oeste. Esses atos de violência foram uma resposta à morte de um líder miliciano durante uma operação da Polícia Civil. Desde então, o governo federal tem anunciado medidas de apoio ao governo local, como o envio de homens da Força Nacional.
Flávio Dino revelou que é consenso a necessidade de apoio das Forças Armadas no combate ao crime organizado, porém, ele enfatizou que esse apoio não se dará nas ruas, mas sim através da atuação conjunta da Polícia Federal e dos militares com as polícias estaduais. O próximo passo será a criação de um comitê de inteligência, envolvendo membros do governo federal e estadual, para identificar e acabar com as fontes de financiamento das organizações criminosas.
No âmbito dessa discussão, foi realizada uma reunião na Casa Civil para definir como as Forças Armadas e a Polícia Federal irão apoiar o governo local. A sugestão é que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica reforcem a segurança na fronteira do Rio com outros estados, na Baía de Guanabara e nos portos e aeroportos, respectivamente. Essa proposta será analisada e validada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias.
Além disso, o Ministério da Justiça divulgou os resultados da Operação Virtude, que teve como foco o combate à violência contra idosos e foi realizada em 25 estados e no Distrito Federal. A ação resultou na condução de 1.007 suspeitos às delegacias, registro de 6 mil boletins de ocorrência, adoção de 701 medidas protetivas e investigação de casos de homicídios, lesão corporal e violência sexual. A operação foi desencadeada a partir de mais de 5 mil denúncias recebidas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.
