Segundo o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que propôs a discussão, estima-se que a aviação civil seja responsável por quase 4% das emissões totais de gases de efeito estufa na atmosfera. Para reverter esse cenário, em 2021, empresas que integram a Associação Internacional de Transportes Aéreos se comprometeram a reduzir gradualmente a emissão líquida de dióxido de carbono (CO2) até 2050.
Para alcançar essa meta, as companhias terão que adotar diversas medidas, como aumentar a eficiência das aeronaves, melhorar as rotas de voo, desenvolver novos sistemas de propulsão, estabelecer mecanismos de compensação e, principalmente, substituir o querosene de aviação por combustíveis sustentáveis.
O deputado ressalta que o Brasil possui um potencial significativo para se tornar o principal fornecedor mundial de combustível sustentável de aviação devido aos avanços tecnológicos que o país tem feito no desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração.
A indústria de aviação tem buscado cada vez mais alternativas para reduzir sua pegada ambiental. Os combustíveis de aviação sustentáveis são produzidos a partir de fontes renováveis e têm a capacidade de diminuir as emissões de gases de efeito estufa em comparação com o querosene de aviação tradicional.
Nesse contexto, o debate na Comissão de Minas e Energia será uma oportunidade para discutir as oportunidades e os desafios da produção de SAF no Brasil. Além disso, a discussão também irá abordar as políticas públicas necessárias para impulsionar o setor e o papel do governo e do legislativo nesse processo.
A produção de combustíveis de aviação sustentáveis é uma área em crescimento em todo o mundo, e o Brasil possui uma posição privilegiada para se destacar nesse setor. Com o debate na Câmara dos Deputados, espera-se que sejam identificadas medidas e ações concretas para impulsionar essa indústria no país, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para o desenvolvimento econômico sustentável.