Além disso, os dados do FBSP mostraram um aumento de 2,6% no número de feminicídios e homicídios femininos no Brasil. Foram 722 mulheres vítimas de feminicídio e mais 1.902 assassinadas e registradas como homicídio. Este aumento vai na contramão da tendência nacional dos crimes contra a vida, que apresentaram uma redução de 3,4% no primeiro semestre deste ano.
A supervisora do núcleo de dados do FBSP, Isabela Sobral, destacou a importância da Lei Maria da Penha como um mecanismo importante na prevenção do assassinato de mulheres. Ela ressaltou a necessidade de fortalecer a rede de atendimento e capacitar as polícias para lidar adequadamente com mulheres em situação de violência, oferecendo opções de proteção e medidas protetivas de urgência.
Sobral também apontou a subnotificação de casos de estupro, indicando que apenas uma pequena parcela destes crimes é notificada às autoridades. Ela enfatizou que a maioria dos autores de estupros são pessoas conhecidas das vítimas, e a maior parte das vítimas são vulneráveis. O relatório do FBSP também destacou que 74,5% dos casos de estupro registrados no primeiro semestre do ano foram de estupro de vulnerável, indicando que as vítimas tinham menos de 14 anos ou eram incapazes de consentir.
Estes números alarmantes demonstram a necessidade urgente de ações efetivas por parte do estado brasileiro para proteger suas meninas e mulheres. A Lei Maria da Penha precisa ser implementada e seguida de forma rigorosa, e as autoridades policiais precisam estar capacitadas para prevenir e investigar casos de violência contra as mulheres. É fundamental que a sociedade como um todo esteja atenta e engajada na proteção das mulheres, visando a redução desses alarmantes números de violência de gênero.
