O presidente enfatizou a contribuição do Brics e de todos os atores em favor da autocontenção e da desescalada, destacando a longa experiência nacional que reforça a crença na paz através de negociações diplomáticas. Lula também ressaltou a necessidade de reconhecer um Estado palestino viável, vivendo lado a lado com Israel, como a única solução possível para o conflito na região.
Este pronunciamento de Lula ocorre em um contexto em que o Brics aprovou a entrada de seis novos países-membros, alguns dos quais diretamente envolvidos no conflito no Oriente Médio. A nova configuração do bloco passará a valer a partir de janeiro de 2024.
Neste momento, a preocupação do presidente é que a trégua humanitária determinada por uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) seja implementada imediatamente. Ele reiterou o chamado pela liberação imediata e incondicional de todos os reféns, e expressou consternação diante do elevado número de mortos, especialmente mulheres, crianças e idosos.
Após pouco mais de um mês de conflito, mais de 12 mil pessoas morreram, incluindo 5 mil crianças, com 29 mil feridos e 3.750 desaparecidos. Lula também se referiu à resolução da ONU focada na proteção de crianças, que foi proposta por Malta e aprovada com 12 votos a favor. Estados Unidos, Reino Unido e Rússia optaram pela abstenção.
O conflito entre Israel e Hamas teve início no dia 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, levando a retaliações por parte de Israel, resultando em centenas de mortes e reféns. O embate tem raízes históricas na disputa por territórios ocupados por diversos povos ao longo dos anos.
Diante dessa situação, o pronunciamento de Lula reforça a necessidade de ações diplomáticas e a busca por soluções que visem à paz e à estabilidade na região do Oriente Médio.