A matéria-prima para a árvore de Natal foi o resultado do trabalho árduo e talentoso de mulheres como Cleide Costa, que desde os 8 anos de idade observava a mãe trabalhando com a renda. A paixão pelo artesanato foi tamanha que, juntamente com outras artesãs, ela contribuiu com a produção das peças para a árvore.
De acordo com Cleide, a renda não é apenas uma forma de obter renda financeira, mas também um meio de encontrar desestresse e relaxamento. O trabalho com a almofada de renda a faz esquecer todos os problemas, proporcionando-lhe ânimo e prazer. A artesã destaca que a renda é uma tradição que vem de sua mãe rendeira e seu pai pescador, sendo um legado que se perpetua entre as gerações.
Outra rendeira que contribuiu para a árvore de Natal foi Gracila da Cunha, que também aprendeu a arte do artesanato com sua mãe aos 8 anos de idade. Ela destaca a variedade de peças produzidas, incluindo toalhas, caminhos de mesa e porta copos. Dona Gracila também ressalta a importância da renda em sua vida, afirmando que é sua verdadeira vocação.
A titular da Secretaria da Proteção Social (SPS), Onélia Santana, enfatizou que a exposição da árvore de Natal foi uma forma de homenagear as rendeiras cearenses, mostrando ao público o talento e a delicadeza de seu trabalho. Ela reiterou a importância de valorizar o saber artesanal que é tão característico da região, enaltecendo a tradição que se perpetua por gerações.
Atualmente, a CEArt conta com mais de 38.961 artesãos cadastrados, oferecendo espaços físicos e um canal online para comercialização de produtos artesanais. Além disso, a instituição oferece serviços como cadastro para emissão de identidade artesanal, isenção de impostos, cursos e oficinas de qualificação, e participação em feiras e eventos.
A árvore de Natal confeccionada pelas rendeiras cearenses é um exemplo do valor e importância do artesanato para a cultura local, destacando a tradição e habilidade dessas mulheres que mantêm viva a arte da renda no Ceará.