Os números fazem parte da 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, que avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, incluindo trechos federais e estaduais. A classificação do estado geral compreende três elementos: pavimento, sinalização e geometria da via. O levantamento demonstrou que, em 2023, 56,8% do pavimento, 63,4% da sinalização e 66% da geometria foram avaliados como regular, ruim ou péssima.
A entidade destaca que a qualidade das rodovias impacta diretamente no preço do frete e, consequentemente, no preço dos produtos para o consumidor final. Além disso, também aumenta o consumo de combustível, contribuindo para a emissão de gases poluentes. A estimativa é que 1,139 bilhão de litros de diesel sejam consumidos de maneira desnecessária este ano, resultando na emissão de 3,01 milhões de toneladas de gases na atmosfera.
A pesquisa também revelou que as rodovias públicas, que representam a grande maioria da extensão pesquisada, apresentaram percentuais maiores de avaliações negativas em comparação com as rodovias concessionadas. A entidade destacou ainda os principais pontos críticos nas rodovias brasileiras, incluindo quedas de barreiras, erosões, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas.
Diante desse cenário, a CNT defende a necessidade contínua de investimentos para reconstrução, restauração e manutenção das rodovias, ressaltando ainda a redução de 4,5% no volume de recursos para o setor de infraestrutura em relação ao ano anterior. A entidade trabalha para viabilizar um aumento na dotação, por meio de emendas para intervenções prioritárias, visando atender as necessidades do transporte e da logística do país.