Ativistas ocupam Museu do Amanhã para leitura de carta final da Cúpula Social do Mercosul, com demandas sociais e políticas públicas.

Na última terça-feira, ativistas de movimentos populares se reuniram no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para fazer a leitura da carta final da Cúpula Social do Mercosul. Este documento contém demandas sociais e propostas de políticas públicas que serão entregues aos presidentes dos países que fazem parte do bloco. Os principais pontos destacados na carta incluem a defesa e fortalecimento da democracia, integração regional, respeito às minorias, combate à discriminação, desenvolvimento sustentável, preservação do meio ambiente, agricultura familiar e combate à fome.

Um trecho do documento reivindica o fortalecimento dos instrumentos para garantia e proteção dos direitos humanos no âmbito do Mercosul, avançando em direção à integração com compromisso com o enfrentamento das mudanças climáticas e à preservação da natureza. Além disso, a carta destaca a importância de políticas de reparação para a população negra e a defesa dos povos indígenas e originários.

Os ativistas também criticaram o acordo de livre comércio em discussão entre o Mercosul e a União Europeia, afirmando que os termos negociados colocam em risco “a sabedoria de nossos povos e territórios”.

A carta elaborada pelos representantes da sociedade civil será entregue aos presidentes dos países integrantes do Mercosul na quinta-feira.

Um dos pontos altos do evento foi a participação ativa da sociedade civil, representada por diversos movimentos sociais, que destacaram a importância da participação social para a transformação da sociedade.

Após o encerramento da Cúpula Social, o Museu do Amanhã passou por uma varredura de segurança para receber autoridades nos próximos dias. Reuniões de ministros das Relações Exteriores e da Fazenda acontecerão na quarta-feira, seguidas de um encontro entre os presidentes na quinta-feira.

Outros pontos de atenção para os líderes do bloco são as negociações do acordo de comércio com a União Europeia e a concretização de um tratado com Singapura, além da mudança de governo na Argentina, que terá Javier Milei como presidente eleito.

Esta Cúpula Social marca um retorno importante, já que há 7 anos não era realizada de forma presencial, simbolizando a retomada da participação social e a insistência na sua institucionalização como uma prática duradoura. A participação social foi destacada como um elemento fundamental para consolidar e expandir direitos.

O Mercosul, formado inicialmente por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai em 1991, representa uma área de 14.869.775 quilômetros quadrados e uma população de 295 milhões de habitantes. A Venezuela foi suspensa em 2017 e a Bolívia ainda não concluiu o processo de ingresso no bloco. Além disso, há países associados ao Mercosul, como Chile, Colômbia, e outros. A importância do bloco fica evidente nesta Cúpula Social, que representa um marco importante para o futuro das relações entre os países membros.

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