A análise por regiões mostrou que o Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram um crescimento em relação ao ano anterior, apontando para um cenário de retomada econômica em meio à pandemia. Na avaliação por setores, a categoria de serviços foi a escolha predominante para iniciar um novo empreendimento, superando os segmentos de comércio e indústria.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, destacou que, atualmente, o surgimento de empresas é impulsionado mais pela inclinação empreendedora do que pela urgência, em meio a uma diminuição do índice de desemprego. Ele ressaltou que uma parcela significativa dos brasileiros nutre o desejo de empreender, buscando não apenas flexibilidade e independência, mas também realização pessoal e a construção de um legado.
Em relação à natureza jurídica, os microempreendedores individuais (MEIs) representaram a maior parcela de empresas criadas, com 271.531 registros, seguidos pelas sociedades limitadas (76.942) e empresas individuais (10.196).
O estado de São Paulo se destacou entre as unidades federativas, com a criação de 110.212 novos CNPJs, liderando a lista. Em seguida vieram Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
A metodologia para o levantamento do Nascimento de Empresas levou em consideração a quantidade mensal de novas empresas registradas nas juntas comerciais de todas as unidades federativas do Brasil, bem como a apuração mensal dos CNPJs consultados pela primeira vez na base de dados da Serasa Experian.
Os números indicam um cenário de reaquecimento da atividade empreendedora no país, refletindo a busca por novas oportunidades e a resiliência do mercado mesmo em meio a desafios econômicos. A tendência é que o empreendedorismo continue a impulsionar a recuperação econômica e a geração de novos postos de trabalho nos próximos meses.