Na quarta-feira (20), o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) comemorou a aprovação do PL 1.282/2019, que libera a construção de reservatórios de água para projetos de irrigação em áreas de preservação permanente (APPs) à beira de rios. Em seu pronunciamento, Heinze ressaltou a importância do projeto para o Brasil, enfatizando os impactos econômicos e sociais das secas no Rio Grande do Sul. Segundo o senador, nos últimos quatro anos, o estado perdeu mais de R$ 100 bilhões devido à escassez de água, afetando tanto os produtores quanto as finanças públicas.
Heinze defendeu a ampliação da prática da irrigação e destacou que a medida visa a permitir que o país “armazene a água excedente no inverno para utilização no verão”. Para exemplificar a eficácia desse tipo de intervenção, o senador homenageou Geraldo Bernardo, um agricultor local, chamando atenção para o feito do “alemão velho” que desenvolveu um sistema de irrigação no Rio Uruguai.
“Esse rio especificamente existe até hoje, foi nos anos 60 que ele teve essa ideia […]. O rio lá corre para cima, no verão, quando o rio seca, o rio Butuí é seco. São quase 30 quilômetros em que esse senhor fez esse projeto. Então, minha homenagem a ele e a tantos como ele que fizeram para nós termos uma agricultura sustentável no Brasil”, afirmou Heinze.
O texto do projeto agora seguirá para análise da Câmara dos Deputados. A proposta ganhou destaque no Senado pela sua relevância para a questão hídrica no país, sobretudo em regiões propensas a períodos de estiagem, como o Sul e o Centro-Oeste. A expectativa é que a medida contribua para a consolidação de uma agricultura mais sustentável e resiliente a impactos climáticos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
