Salomão, juntamente com outros membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está na capital alagoana para fazer uma inspeção nos processos que lidam com os prejuízos causados pela extração de sal-gema em diversos bairros de Maceió.
A 3ª Vara Federal em Maceió, que é responsável pelas ações que pedem indenização pelas rachaduras e erosões nas casas dos moradores e em terras públicas, será reforçada com dois juízes e mais servidores, de acordo com o ministro.
Em relação aos acordos de indenização assinados pela prefeitura de Maceió e a Braskem, que totalizam cerca de R$ 1,7 bilhão, o governo estadual alega que tais acordos impedem a reparação integral dos prejudicados pela atividade de mineração de sal-gema no estado. Além disso, questiona trechos que concedem à empresa a propriedade de terrenos e a continuação da exploração na região afetada.
Salomão destacou que, dos 18 mil casos, já foram feitos acordos e indenizações pagas. No entanto, ele ressaltou que outras questões surgiram, como a situação dos pescadores e de um bairro mais distante. A investigação criminal também é uma questão em pauta, além das indenizações cíveis que tramitam na Justiça comum.
A presença do corregedor nacional de Justiça em Maceió demonstra a atenção dada pelo CNJ aos processos relacionados aos danos causados pela atuação da mineradora Braskem. A designação de um juiz e mais servidores para a 3ª Vara Federal evidencia o esforço para agilizar a resolução desses processos, considerados de grande relevância para a comunidade de Maceió que foi afetada pelas atividades da empresa.