Embora o epicentro do tremor tenha sido inicialmente apontado em Tarauacá, no Acre, coordenadas mais precisas indicam que o abalo ocorreu em uma região isolada em Ipixuna, no estado do Amazonas. Até o momento, não há relatos de danos materiais ou vítimas, o que pode ser explicado pela profundidade do abalo, que ocorreu a 614,5 quilômetros abaixo da superfície. De acordo com especialistas, tremores nessa profundidade raramente são sentidos pela população.
Este não é o primeiro registro de abalos sísmicos na região. Em junho de 2022, Tarauacá já havia sido atingida por um terremoto de 6,5 graus, o segundo maior da história do país. Naquela ocasião, também não houve danos significativos. A proximidade da região com a Cordilheira dos Andes, uma área conhecida por sua alta atividade sísmica, faz com que a região Norte seja propensa a este tipo de evento. Nos últimos 45 anos, cerca de 96 tremores foram registrados em um raio de 250 quilômetros de Tarauacá, sem ocorrências graves.
Até o momento, as autoridades dos estados do Acre e Amazonas, assim como as prefeituras de Tarauacá e Ipixuna, não se pronunciaram sobre o assunto. O último tremor de terra significativo registrado no Brasil ocorreu em 1955, na região da Serra do Tombador, em Mato Grosso, com 6,2 graus na Escala Richter.
A população aguarda por mais informações sobre o ocorrido e quais medidas serão tomadas pelas autoridades para garantir a segurança dos moradores da região. A comunidade científica também está atenta para analisar os impactos deste evento e compreender melhor a atividade sísmica na região.