De acordo com a PF, a delação citada na nota é a do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que dirigia o carro usado no crime. Essa é a única delação confirmada pela PF até o momento. A manifestação da PF ocorre após publicações de que o ex-policial militar Ronnie Lessa teria aceitado um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, fornecendo informações que apontam o mandante do crime.
A suposta novidade no caso provocou manifestações da irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco. Ela afirmou que não descansarão enquanto não houver justiça para Marielle e Anderson. A PF, no entanto, não confirmou as informações envolvendo Lessa, acrescentando que elas podem comprometer as investigações em andamento.
A viúva de Marielle, a vereadora Mônica Benício, criticou a atuação de alguns veículos de imprensa e jornalistas, que, segundo ela, estariam mais preocupados com likes e caça-cliques do que com as investigações e a elucidação do caso.
Ela ressaltou, no entanto, que a imprensa teve e terá um papel de suma importância no andamento das investigações, na elucidação e na penalização dos envolvidos, executadores e mandantes. De acordo com a PF, as investigações seguem em sigilo, sem data prevista para seu encerramento, e que a divulgação e repercussão de informações que não condizem com a realidade comprometem o trabalho investigativo e expõem cidadãos.
A nota da PF reiterou que as investigações estão sendo conduzidas com critérios técnicos e o necessário sigilo das diligências realizadas. Além disso, a PF destacou que o envolvimento da imprensa é importante no processo de elucidação do caso e na punição dos responsáveis.