As estatísticas do boletim epidemiológico revelam que Ceilândia lidera as regiões administrativas com o maior número de casos de dengue, totalizando 3.963 registros, seguida por Sol Nascente/Pôr do Sol com 1.110 casos, Brazlândia com 1.045 e Samambaia com 997. Além disso, três óbitos causados pela doença já foram confirmados em 2024.
O perfil dos casos prováveis de dengue indica uma maior incidência em mulheres, com 527,7 casos por 100 mil habitantes. Quanto à faixa etária, a maior incidência está na faixa de 70 a 79 anos, com 605,1 casos por 100 mil habitantes, seguido pelos grupos de 20 a 29 anos e 80 anos ou mais, com 589,3 e 575,4 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.
A Secretaria de Saúde alerta que a suscetibilidade ao vírus da dengue é universal, porém fatores de risco individuais, como idade, etnia e presença de comorbidades, podem determinar a gravidade da doença. Crianças mais novas e pessoas com mais de 65 anos estão entre os grupos de maior risco.
Em relação à prevenção, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de 521 municípios brasileiros no programa de vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. Estes municípios pertencem a 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença e atendem a critérios como alta transmissão de dengue e predominância do sorotipo DENV-2. A vacinação será direcionada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra um elevado número de hospitalizações por dengue.
Diante desses números alarmantes, é fundamental que as autoridades de saúde intensifiquem as ações de prevenção e controle da dengue, além de garantir o acesso à vacinação para a população em risco. A conscientização da população sobre medidas preventivas também se faz necessária para conter a propagação da doença.