A SSP também ressaltou que o aumento nos registros de estupro está relacionado ao aumento no número de notificações, sugerindo que as mulheres estão mais conscientes sobre a importância de denunciar os agressores. A maioria dos casos de estupro ocorre em um contexto em que o agressor é conhecido da vítima, muitas vezes dentro do ambiente familiar, o que dificulta tanto a prevenção por parte da polícia quanto a denúncia por parte da vítima.
O professor Rafael Alcadipani, da Fundação Getulio Vargas (FGV), criticou a falta de políticas públicas para combater esse tipo de crime, questionando quais medidas foram implementadas em São Paulo para lidar com a violência contra mulheres e vulneráveis. Ele ressaltou que o problema tem batido recordes e que as desculpas dadas não resolvem o problema.
Por outro lado, houve uma redução significativa na taxa de homicídios dolosos em São Paulo, que fechou o ano de 2023 com a menor taxa desde 2001. Foram registrados 2.606 casos no ano passado, em comparação com 2.909 em 2022. A SSP atribuiu essa redução às políticas criadas pela gestão para combater esse tipo de crime e ao sistema SPVida, que automatiza os dados e auxilia as polícias a analisarem a dinâmica criminal desses casos.
Rafael Alcadipani destacou que a estruturação das delegacias e a eficiência da Polícia Civil também contribuíram para a redução nos homicídios dolosos. Ele também ressaltou que a dinâmica do crime organizado no estado afeta esses índices. Além disso, os dados da SSP mostraram um aumento nos casos de tentativa de homicídio e de lesão corporal dolosa em 2023, em comparação com 2022.